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- Categoria: Fitas de Vídeo-Cassete
Memorial Padre Vaz em vídeo - Hegel - 18 fitas / 1985
Introdução ao Sistema de Hegel - A Fenomenologia do Espírito
Curso Ministrado por Henrique Cláudio de Lima Vaz 1985 - 18 fitas - VHS
Informações sobre o curso:
1. Curso ministrado no primeiro semestre de 1985 na Universidade Federal de Minas Gerais. O manuscrito da FICHA 27 recebe o título “FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO EM HEGEL”. Todavia o manuscrito é pequeno e não cobre todo o conteúdo apresentado no curso. Há outros manuscritos sobre a FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO (Ver FICHAS 01a, 01b e 02) cujas dimensões ultrapassam o tamanho do manuscrito da FICHA 27.
2. Curso gravado em vídeo-cassete (VHS). Nos dois semestres subsequentes foram ministrados mais dois cursos sobre Hegel, um sobre a CIÊNCIA DA LÓGICA e outro sobre a ENCICLOPÉDIA. Estes dois cursos foram gravados em fitas cassetes e também encontram-se no Memorial Padre Vaz. Todas as fitas destes cursos também foram digitalizadas. Na 1ª fita de áudio do curso sobre a Enciclopédia ministrado no 1º semestre de 1986, Lima Vaz anuncia que aquele curso da Enciclopédia é a última parte de um curso que tem ao todo 4 semestres. Disto se pode inferir que este curso em vídeo é a segunda parte deste curso de 2 anos que, portanto, tem a seguinte composição:
2º semestre de 1984 –
Curso em áudio sobre a ESSÊNCIA EM HEGEL – Ciência da Lógica
1º semestre de 1985 –
Este curso em vídeo sobre a FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO
2º semestre de 1985 –
Curso em áudio sobre a CIËNCIA DA LÓGICA
1º semestre de 1986 –
Curso em áudio sobre a ENCICLOPÉDIA DAS CIËNCIAS FILOSÓFICAS
3. Número de fitas: As fitas de vídeo estão numeradas de 1 a 22. Todavia no Memorial Padre Vaz só estão conservadas 18 fitas, pois faltam as fitas de número 5, 6, 7 e 8. Na fita 12 há duas aulas. Na fita 13 há duas aulas. Através das fitas de vídeo é possível acompanhar o que Lima Vaz registra no quadro-negro.
4. Todas as 18 fitas foram digitalizadas para DVDs. Há um DVD para cada fita. Mas também foi feito um segundo trabalho de compactação das aulas em apenas 5 DVDs.
5. Bom estado de conservação.
6. Tempo de curso digitalizado: aproximadamente 23 horas de curso.
7. Os textos que se seguem são apontamentos esparsos realizados pelo Prof. Dr. Rubens Godoy Sampaio a partir da audição de cada uma das fitas e têm como finalidade servirem como índice para a localização dos tópicos trabalhados ao longo das aulas gravadas.
8. Estes apontamentos não são um resumo do curso, nem a digitação das aulas gravadas.
9. Observações: Considerando a data da digitalização destas fitas, vale notar que as gravações em fitas de vídeo-cassete foram realizadas exatamente 20 anos antes de sua digitalização. Em decorrência do desgaste do tempo algumas fitas apresentam um certo grau de deterioração que impedem um tipo de digitalização com imagens que possuam níveis elevados de definição e qualidade.
10. Digitalizado por Rubens Godoy Sampaio em setembro/outubro de 2005.
11. As fitas não passaram por nenhum processo de edição ou seleção de imagens. As aulas agora armazenadas em DVDs são cópias integrais do material em vídeo-cassete.
12. Na penúltima fita Lima Vaz anuncia que ainda faltam duas aulas. Todavia na aula subsequente ele afirma que o curso será encerrado naquela mesma aula.
13. Índice das aulas
Fita 1 - 13 de março de 1985 - DVD 1
Fita 2 - 14 de março de 1985 - DVD 2
Fita 3 - 20 de março de 1985 - DVD 3
Fita 4 - 21 de março de 1985 - DVD 4
Fita 5 - Esta fita não foi localizada.
Fita 6 - Esta fita não foi localizada.
Fita 7 - Esta fita não foi localizada.
Fita 8 - Esta fita não foi localizada.
Fita 9 - 18 de abril de 1985 - DVD 5
Fita 10 - 24 de abril de 1985 - DVD 6
Fita 11 - 25 de abril de 1985 - DVD 7
Fita 12 - 8 de maio de 1985 - DVD 8
Fita 13 - 16 e 22 de maio de 1985 - DVD 9
Fita 14 - 22 e 23 de maio de 1985 - DVD 10
Fita 15 - 29 de maio de 1985 - DVD 11
Fita 16 - 30 de maio de 1985 - DVD 12
Fita 17 - 05 de junho de 1985 - DVD 13
Fita 18 - 12 de junho de 1985 - DVD 14
Fita 19 - 13 de junho de 1985 - DVD 15
Fita 20 - 19 de junho de 1985 - DVD 16
Fita 21 - 20 de junho de 1985 - DVD 17
Fita 22 - 26 de junho de 1985 - DVD 18
Fita 1: 13 de março de 1985
• Lima Vaz inicia a aula indicando que este curso será continuidade do curso do semestre anterior.
• A Filosofia como centro unificador de todos os problemas
• Introdução ao Sistema da maturidade de Hegel.
• O Sistema como justificação de si mesmo, como saber absoluto (Fenomenologia do Espírito).
• Hegel quer unificar rodo o conhecimento da realidade. Este será seu programa em Iena (durante 5 anos).
• Apresentação do esboço do sistema hegeliano que se inicia ocom os cursos de Iena.
• O material desta época só foi reconhecido muito recentemente, 150 após a morte de Hegel.
• A relação entre os aspectos crítico e sistemático da filosofia hegeliana. A intenção filosófica de Hegel: recuperação crítica de toda a filosofia moderna.
• Referências bibliográficas das traduções disponíveis em francês e em italiano. Levantamento bibliográfico.
• O que se estuda mais em Hegel: Filosofia do Direito, Filosofia da Religião e seu período em Iena.
• Os dois caminhos para o Sistema: estágio crítico (1801-1803) e estágio sistemático (1802-1806).
• Apresentação do estágio crítico de Hegel em Iena.
• A pergunta O QUE É A FILOSOFIA? Qual filosofia pode ser apta para atender às necessidades que estamos vivendo e que permitam o filósofo se tornar um educador de seu tempo?
• Caráter pedagógico da filosofia. Filósofo como educador de um povo. Esta aula e a próxima serão dedicadas a esta questão.
• A herança crítica da Filosofia (Kant) caracterizada pelo dualismo entre o entendimento e a razão.
• Hegel tinha diante de si 3 tentativas para superar este dualismo: a. o idealismo subjetivo de Fichte, b. o formalismo, c. o empirismo.
• A Filosofia como uma opção de natureza ética.
• O Saber absoluto é a demonstração de que a filosofia é capaz de resolver os problemas da nossa civilização, porque esta civilização enveredou-se pelo caminho da razão.
• A Filosofia na crise da ciência moderna tem que ser uma filosofia crítica.
• A Filosofia como sistema, como construção das razões de ser de uma ciência.
Fita 2: 14 de março de 1985
• O problema da necessidade da filosofia, a forma adequada da filosofia e o desenvolvimento sistemático da filosofia. O magistério de Hegel será orientado por estas três questões.
• Para Hegel a civilização ocidental é uma civilização filosófica que coloca seus problemas de forma filosófica e que devem ser respondidas filosoficamente. Esta é a situação de Hegel nos seus anos de Iena.
• O que é a filosofia na situação histórica em que nos encontramos. A filosofia é o tempo captado no conceito. É a filosofia implicada nos problemas de sua época.
• Necessidade da Filosofia. Forma histórica da Filosofia (Filosofia e Época) Desenvolvimento sistemático da Filosofia. São estas as três questões implicadas na pergunta O QUE É FILOSOFIA? na conjuntura histórica do século XIX.
• Indicação das fontes bibliográficas
• Crítica filosófica se desenvolve em uma crítica da filosofia moderna. Crítica da crítica. A superação do dualismo não será feita retornando a um momento anterior ao dualismo. A impossibilidade de um retorno. A superação do dualismo implica a sua consideração.
• A fórmula da superação do dualismo: união da união e da união, identidade da identidade e da não-identidade.
• Dialética. Indicação de várias oposições que se transmutam em dualismos. Caminho de superação do dualismo através da dialética.
• Explicação do princípio do norte. Subjetivismo da Filosofia Moderna. Características do individualismo moderno na política, na economia, na religião, na arte e na filosofia.
• Hegel quer responder a estas formas de dualismos através de uma Lógica, de uma Filosofia da Natureza e de uma Filosofia do Espírito (Enciclopédia das Ciências Filosóficas – ou Sistema).
• Crítica da crítica moderna.
• Conceito de vida é a realidade unificadora como ponto de partida e a consciência da vida é Espírito. A vida é plenamente vida à mediada que ela toma consciência de si.
• Na religião se tem a intuição inefável da vida. Na filosofia se tem esta intuição alcançando o nível da consciência de si.
• Caminho que parte do conceito de vida para o conceito de espírito.
• Como se desenvolve a resposta à pergunta sobre o que é filosofia?
• O dualismo entre entendimento e razão.
• O problema do infinito e sua relação com ao nossa capacidade intelectual. O infinito está presente em todas as nossas formas de conhecimento.
• Fichte e o problema do infinito e da autoconstituição do sujeito. O finito resulta da inconsistência do finito.
• Para Hegel o infinito verdadeiro é aquele infinito que está presente no finito sem precisar dele. É o que torna possível a finitude, é a Ideia na Lógica.
• O finito está sustentado pelo infinito; pressuposto do finito. Este infinito verdadeiro é o objeto da razão. Cada coisa é feita dela mesma e da sua negação.
• Definição de dialética.
Fita 3: 20 de março de 1985
• Nesta fita há dois trechos sem som. Na caixa desta fita há anotações feitas pelo próprio aluno indicando o defeito da gravação. Os momentos de silêncio são breves e não prejudicam de forma muito grave a compreensão da aula como um todo.
• Problema da necessidade da filosofia. A relação Filosofia com o seu tempo presente. A filosofia não é coleção de opiniões. Mas é um desdobramento dialético da presença do absoluto na razão. Este desdobramento se corporifica através dos sistemas filosóficos.
• A filosofia se torna necessária por ocasião do desaparecimento daquela força que unifica a vida ou uma cultura e o aparecimento das oposições que dividem a cultura de uma época.
• FALTA DE SOM.
• Pressuposto do absoluto na razão. A relação entre entendimento e razão. A reflexão deixada a si mesmo irá terminar no formalismo.
• Imanência do Absoluto à razão.
• Tarefa da filosofia como busca da unificação da cultura que não seja através do caminho mais natural.
• O problema do ceticismo antigo trás para a filosofia a negatividade. Com Pirro e Sexto Empírico a verdade está fora do alcance da razão.
• A opção pela filosofia faz parte do começo da filosofia. Audácia, coragem, liberdade e inteligência.
• Filosofia e sistema. Sistema como um todo orgânico de conceitos cuja lei suprema é a razão e não o entendimento.
• Esforço para mostrar a noção de conceito dialético, introduzindo um movimento no sistema. A substituição da proposição axiomática pela proposição especulativa. Noção de intuição transcendental (abandonada posteriormente).
Fita 4: 21 de março de 1985
• A construção do sistema.
• Indicação de textos importantes. A respeito do texto Sobre a diferença; como Hegel apresenta neste texto a ideia de sistema.
• As pressuposições do Absoluto e da reflexão.
• Como expressar adequadamente, de forma conceitual, o Absoluto.
• O sistema, para Hegel, deve por em relação o Absoluto com a multiplicidade das determinações finitas.
• O absoluto ou o saber absoluto é a identidade das dualidades que confluem na dualidade fundamental entre sujeito e objeto
• Influência de Schelling neste momento da filosofia de Hegel
• Sistema como centro de produção da razão.
• O sistema como círculo.
Fita 5: A fita número 5 não foi conservada.
Fita 6: A fita número 6 não foi conservada.
Fita 7: A fita número 7 não foi conservada.
Fita 8: A fita número 8 não foi conservada.
Fita 9: 18 de abril de 1985
• Pequena revisão da aula anterior. A revisão indica que na aula anterior um dos assuntos tratados foi o tema do infinito como noção lógico-dialética. As determinidades finitas e o infinito.
• Os 3 momentos fundamentais do movimento dialético (da suprassunção).
1) posição da determinidade – momento imedidato
2) negação – o ser-fora-de-si do determinado
3) reflexão ou retorno em-si.
• O problema da cisão e a superação da cisão.
• O sistema de Hegel não é a transcrição estática da realidade móvel. O sistema é a transcrição conceitual do caráter processual da realidade alcançado através da dialética.
• INÍCIO DA FILOSOFIA DO ESPÍRITO
• A Filosofia do Espírito no sistema de Iena (1803-1804).
• Os textos importantes.
• Ao fazer a passagem para Filosofia do Espírito, Lima Vaz anuncia que trabalhou nas aulas anteriores sobre a Lógica e a Metafísica.
• A consciência – o ser consciente.
• O abandono desta sistematização da Filosofia do Espírito de 1803-1804 num momento ulterior do desenvolvimento do pensamento hegeliano.
Fita 10: 24 de abril de 1985
• A Filosofia do Espírito (do inverno) de 1803-1804 – passo na direção do sistema definitivo.
• Utilização na Fenomenologia do Espírito da estrutura lógica fundamentalda Ciência da Lógica
• Consciência como consciência histórica e social na Filosofia do Espírito de 1803 e 1804.
• Noção de meio termo – Mitte – que depois se designará mediação – Vermittung.
• Definição de objeto.
• Natureza da relação entre sujeito e objeto em Hegel e a noção de consciência.
• A partir da noção de consciência apresentada Hegel propões a Filosofia do Espírito.
• Esquema da Consciência Ideal.
• Esquema da Consciência Real.
• Conceito de reconhecimento.
• Conceito de povo.
• Filosofia do Espírito de 1805 e 1806. Metafísica da subjetividade. Equivalência das idéias reguladoras de Kant.
• Apresentação do livro de Paulo Meneses: Para ler a Fenomenologia do Espírito.
Fita 11: 25 de abril de 1985
• Até aqui só foram trabalhados textos que precederam a redação da Fenomenologia do Espírito.
• Considerações sobre o texto da Metafísica do Espírito no qual Hegel retoma as ideias de MUNDO, HOMEM e DEUS.
• ALMA como sujeito pensante – Descartes – singular
• MUNDO como totalidade dos singulares (Leibniz) – universalidade
• DEUS como sujeito absoluto (substância de Espinosa) – singularidade absoluta
• EU TEÓRICO - o eu diante do seu mundo - universalidade
• EU PRÁTICO – o eu que põe efetivamente o seu mundo (eu para-si) autoposição - particularidade
• ESPÍRITO ABSOLUTO – infinidade ou reflexividade absoluta do Eu – eu para si absolutamente posto - singularidade
• Transcrição da Metafísica Clássica na Metafísica Transcendental.
• Indicações bibliográficas.
• A consciência como momento do Espírito.
• O problema da definição do que é o Espírito (o espírito no seu conceito, o espírito efetivo e o espírito absoluto)
Fita 12: 08 e 09 de maio de 1985 – nesta fita há duas aulas
• Nesta fita há duas aulas. Na lombada da fita está indicada apenas a data de 08 de maio. Todavia a aula seguinte parece ter sido ministrada no dia seguinte. Os últimos 6 minutos desta fita encontram-se na Fita 13.
• Indicações bibliográficas para o estudo da Fenomenologia do Espírito.
• Introdução à Fenomenologia do Espírito.
• Visão de conjunto. Gênese da Fenomenologia do Espírito.
• Porque Hegel escreveu este livro.
• As pressões intelectuais na origem da Fenomenologia do Espírito.
• O problema da introdução da filosofia e seu paradoxo
• Necessidade da filosofia no tempo que nós vivemos (cisão e unificação). Pensamento de unificação da cisão. A escola da vida.
• O problema do sistema.
• A relação entre sistema e sujeito. Como ligar organicamente o sistema que é lógico ao sujeito que é antropológico?
• A originalidade do sistema hegeliano e suas diferenças entre Fichte e Schelling.
• A Fenomenologia do Espírito como experiência da consciência ou como experiência que a consciência faz de si mesma.
SEGUNDA AULA DESTA FITA
• A integração da História da Filosofia. A historiografia filosófica. Entrelaçamento histórico e dialético da história da Filosofia na Fenomenologia do Espírito a partir da pressuposição de que o Espírito não perde as experiências anteriores.
• A constituição da consciência pelas suas mediações. Fenomenologia do Espírito como história da consciência que termina na história do Espírito. Não se trata de uma história factual, mas de uma história lógico-dialética da consciência que avança para o Espírito e o Espírito que avança para o Saber Absoluto, a plena transparência a si mesmo.
• A estrutura da lógica de Iena que estará subjacente à estrutura da Fenomenologia do Espírito.
• Fenomenologia do Espírito como refundição da lógica de Iena, que resultará na lógica da maturidade.
• Correspondência entre as seções da Fenomenologia do Espírito e as categorias da lógica de Iena.
• Anúncio do início do seguinte tema: A Idéia da Fenomenologia. A fita acaba abruptamente e a aula fica com seu fim truncado. Mas o tema é continuado na aula subseqüente.
Fita 13: 16 e 22 de maio de 1985 – nesta fita há duas aulas
• Nesta fita há o encerramento da aula do dia 9 de maio de 1985 (seis minutos aproximadamente). Na sequência, continuam as duas próximas aulas. Na lombada da fita há a indicação escrita destas duas datas.
• O propósito da Fenomenologia do Espírito segundo o próprio Hegel (sobre uma folha solta escrita por Hegel).
• O sentido da Fenomenologia do Espírito para esta civilização filosófica.
• Os níveis de leitura da Fenomenologia do Espírito.
• Saber, experiência e construção do discurso fenomenológico.
• Saber como forma de manifestação do objeto na consciência. Saber que se torna fenômeno.
• Os títulos da Fenomenologia do Espírito.
• As lógicas da Fenomenologia do Espírito:
Ø A lógica do objeto da consciência em-si – lógica da consciência natural ou lógica natural
Ø A lógica dos objetos da consciência para-nós – Hegel e seus leitores – lógica fenomenológica das experiências da consciência – lógica dialética - lógica hermenêutica.
Ø A lógica dos momentos puros e abstrata da ciência – lógica filosófica.
• Pressupostos da Fenomenologia do Espírito: 1) a civilização ocidental apareceu como uma civilização filosófica, sob o signo da razão para a qual todo problema é trazido para o tribunal da razão. 2) Esta civilização tem um a necessidade da filosofia. E a filosofia deve assumir a forma de consciência no sentido mais rigoroso do termo. E devemos encontrar o caminho do homem para esta ciência.
• Organizar estas experiências da consciência natural e provar que este caminho é uma ciência.
SEGUNDA AULA DESTA FITA
Revisão da aula anterior, na qual tratou-se da Ideia da Fenomenologia do Espírito. Na Fenomenologia do Espírito há três níveis lógicos que terminam os três níveis do discurso da Fenomenologia do Espírito:
1) Lógica natural da consciência
2) Lógica fenomenológica das experiências da consciência
3) Lógica filosófica (pura) do discurso sobre as experiências da consciência – primeira das ciências filosóficas.
• Longa explanação sobre o aspecto preliminar da pergunta Por que a consciência?
A situação do discurso filosófico. O saber do saber; a filosofia como sistema universal do conhecimento que começa com a consciência, que é um contínuo passar além de si mesmo. A Filosofia só pode começar pela consciência, por uma Fenomenologia do Espírito.
• A consciência no espaço do saber absoluto. O espaço da universalidade incondicionada do saber. A consciência é a origem deste espaço do sentido.
• Problema da articulação entre estas 3 lógicas que articulam os três níveis da Fenomenologia
• A aula termina truncada, porque a fita acabou.
Fita 14: 22 e 23 de maio de 1985
• Encerramento da aula anterior.
• Revisão da aula anterior: 3 níveis do processo fenomenológico. Três lógicas que se distinguem na sua forma: Lógica da consciência natural; Lógica da consciência fenomenológica; Lógica filosófica. Estas três lógicas constituem um discurso organizado.
Ø 1º nível: PARA-SI. Nível da Lógica natural – para a própria consciência. Nível em que a consciência conhece os objetos e vê a sucessão de objetos neste se conhecimento. Compreensão do saber que aparece (que se move para o saber verdadeiro: o saber absoluto, o saber incondicionado).
• Explicação da noção de experiência da consciência
• A experiência da consciência que neste momento percebe que sabe.
Ø 2º nível: PARA-NÓS – Nível da Lógica fenomenológica – nível do leitor com cultura filosófica.
• Analogia da situação de Platão e a situação de Hegel. PaIdéia platônica e Bildung hegeliana. O 2º nível está mais explicado na INTRODUÇÃO DA FE (escrita antes do texto da FE), enquanto o 3º nível está mais explicado no PREFÁCIO DA FE (escrito depois da FE).
Ø 3º nível: EM-SI - é o nível do autor, nível do próprio Hegel.
Fita 15: 29 de maio de 1985
• Continuação do 2º nível (lógica fenomenológica) que e a lógica específica da fenomenologia. Voltada para a consciência que se explica a si mesma. Possibilidade da consciência passar ordenadamente de uma experiência para outra. Lógica fenomenológica = como distribuir a ordem dessa experiência.
• Momento da certeza sensível.
• Longa digressão respondendo questão de aluno. Apresentação das características da universalidade da razão grega e razão crítica e seu contraste com as outras culturas.
• FE é a interpretação da experiência da consciência.
Fita 16: 30 de maio de 1985
• 3º nível: EM-SI - estrutura lógica do discurso, nível do filósofo, n;ivel da coentificidade do discurso: “a lógica por detrás da consciência”.
• Relação da FE cp, a lógica de Iena ou com a Ciência da Lógica.
• FE como “primeira parte do sistema” ou fio condutor para o Sistema, mas já dentro do Sistema.
• Problema da terminologia.
• Situação paradoxal da FE, porque o Sistema se sustenta sem ela.
• O Prefácio da FE é um prefácio de todo o Sistema.
• Pergunta de aluno: comparação entre Hegel e Habernas.
• Âmbito e estrutura da Fenomenologia
• As duas Fenomenologias. A FE (1807) e a Fenomenologia da Enciclopédia.
• A Fenomenologia menor, que está na Enciclopédia, é distinta da FE de 1807. São duas perspectivas diferentes. A primeira é uma ciência da experiência do espírito. A segunda e uma ciência do espírito.
• Erinerung – rememoração interiorizante.
Fita 17: 05 de junho de 1985
• Esta fita não está tão boa quanto as outras.
• Geralmente no início de cada aula, Lima Vaz faz uma revisão de sua aula anterior. A revisão feita no início desta aula não parece corresponder com a aula anterior, não obstante a numeração das fitas indique que elas estão imediatamente seguidas uma da outra.
• Estrutura conceptual da Fenomenologia.
• Certeza Sensível, percepção, entendimento.
• Experiências que se fazem dentro o espírito sem que ele seja conhecido como tal.
• Explicação do título FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO.
• Tematização do saber da consciência que caminha desde suas formas iniciais até a filosofia.
• A diferença entre as duas Fenomenologia (a de 1807 e a FE da Enciclopédia).
• Necessidade do desenvolvimento histórico que pode ser considerada a partir do seu ponto de chegada.
• Dialéticas entrelaçadas no discurso fenomenológico.
• As figuras da FE: o Senhor e o Escravo como figura da consciência-de-si. Figuras que representam um momento lógico do saber da consciência. Não há figuras privilegiadas. O momento culminante do saber absoluto é quando as figuras desaparecem.
• (Definição de ideologia)
• O silogismo da FE – 3º nível da lógica em-si. U-P-S. O universal do espírito. Na mediação da figura. Na singularidade do indiv;iduo. Arelação e a tensão entre o intelectual e o político.
• No fim desta fita Lima Vaz anuncia o que será feito nos semestres subsequentes. {No segundo semestre de 1985 será ministrado o curso Ciência da Lógica (gravado em fitas cassetes – 30 fitas de aproximadamente 60 minutos cada uma) no primeiro semestre de 1986 o curso sobre a Enciclopédia das Ciências Filosóficas (gravado em fitas cassetes – 13 fitas de aproximadamente 90 minutos cada uma)}
Fita 18: 12 de junho de 1985
• Sobre o silogismo da formação (Bildung) do indivíduo (consciência do filósofo) para a ciência. Filosofia na sua vertente fenomenológica = processo histórico e transcendental.
• Sabe absoluto – autojustificação imanente deste saber.
• U-P-S.
• Ideologia como evento pós-hegeliano.
• A crítica do saber absoluto de Hegel. O Problema da ação política: o que é mais decisivo: interpretar ou fazer? O intelectual ou o político? Aristóteles ou Alexandre? Hegel ou Napoleão?
• A ESTRUTURA DA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO
1) A FE é um caminho que percorre diversas estações em direção ao Saber puro ou espírito absoluto (saber capaz de se autofundamentar, se autojustificar). Identificação entre certeza e verdade.
2) FE é uma ciência que tem uma estrutura em divisões: consciência, consciência-de-si, razão, espírito, religião.
• Duas dimensões da FE (analogia com os diálogos platônicos): dimensão estática enquanto estrutura discursiva e dimensão dinâmica enquanto pensamento que se apresentam em 3 níveis lógicos
Ø consciência / para-a-consciência
Ø fenomenólogo / para-nós
Ø filósofo / em-si
• Divisões da FE: seções e subseções e grupos de secções.
Fita 19: 13 de junho de 1985
• Estrutura da FE
• As divisões da FE em Seções e Subseções
Ø A – Consciência (I, II, III)
Ø B – Consciência-de-si (IV)
Ø C – Razão
Ø AA - Razão - V
Ø BB – Espírito – VI
Ø CC – Religião – VII
Ø DD – Saber Absoluto – VIII
• Lima Vaz enumera os capítulos e apresenta a relação entre os capítulos da FE. A questão sobre a unidade da FE.
• T. Haring e Heidegger.
• O entrelaçamento entre as duas lógicas
• O problema das duas verdades
• Relação entre religião e razão em Averóis, Tomás de Aquino, Medievais, Spinoza, Hegel.
• Estrutura dual da FE. Consciência e Filosofia de um lado e a religião do outro lado
Fita 20: 19 de junho de 1985
• Revisão do problema da oposição entre filosofia e religião.
• FE tenta superar o impasse kantiano.
• Divisão estrutural mais ampla.
• Espírito na sua consciência [o espírito no mundo (consciência, consciência de si, razão, espírito propriamente dito)] - Totalidade reunida em si.
• Espírito na sua consciência-de-si – totalidade simples.
• Longa explicação sobre o silogismo chave da FE (UPS). Universalidade, particularidade, singularidade.
• Estrutura reticular, comparativa e circular da FE.
• Comparação entre a Fenomenologia do Espírito e a Filosofia do Espírito: paralelismo.
• FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO: Consciência, consciência-de-si, razão
• FILOSOFIA DO ESPÍRITO: Espírito Subjetivo
• FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO: Espírito
• FILOSOFIA DO ESPÍRITO: Espírito Objetivo
• FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO: Religião, Espírito Absoluto
• FILOSOFIA DO ESPÍRITO: Espírito Absoluto
Fita 21: 20 de junho de 1985
• Lima Vaz afirma que este curso é UMA INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE HEGEL.
• A estrutura da FE e seu silogismo estrutural.
• Revisão sobre a estrutura dual da FE e a apresentação do silogismo que rege a FE: tempo como totalidade (U), momento (lógica da FE), tempo como processo (S)
• A passagem da representação ao conceito filosófico. Representação do Absoluto pela religião e concepção do Absoluto pela Filosofia.
• Saber Absoluto como Saber da Razão presente na natureza e na história que se refere ao Absoluto.
• Comentário de Lima Vaz sobre a analogia entre Hegel e Tomás de Aquino.
• Apresentação da estrutura reticular, comparativa e circular da FE.
• A Dialética é uma maneira de organizar a realidade de modo que possamos compreender a gênese da realidade, seu desenvolvimento e seu fim.
• A dialética é uma maneira de conceptualizar o objeto. Não é ma técnica de descoberta da realidade.
• A dialética organiza a realidade conceptualmente.
• Comparação entre pensamento analítico e pensamento dialético. O pensamento analítico é para pensar a ordem. O pensamento dialético é para pensar o movimento.
• A diferença entre o silogismo analítico e o silogismo dialético. O silogismo analítico mostra como o singular está no universal
• Osilogismo dialético mostra o movimento. Mostra como a conceptualização saiu do universal e retorna para o universal. A estrutura do silogismo dialético.
• Comentários sobre a discussão em torno da obre de Hegel após sua morte: pós-hegelianos de direita e pós-hegelianos de esquerda.
Fita 22: 26 de junho de 1985 – ÚLTIMA AULA.
• Tema da equioriginariedade das partes fundamentais do sistema.
• A imagem geométrica do sistema da maturidade; esquema linear e esquema radial.
• Esquema linear: FE, Ciência da Lógica, Filosofia da Natureza, Filosofia do Espírito.
• Esquema radial:
Ø A interpretação de L. B. PUNTEL: equioriginariedade entre FE, lógica e Noologia
Ø A interpretação comum: equioriginariedade entre FE e Lógica.
• Consideração Dinâmica sobre a FE. Movimento da FE.
• O postulado do surgimento do saber como aspecto inexorável de condução do saber absoluto, a partir do momento filosófico do próprio Hegel
• Momentos e figuras do processo dialético. Quais são os momentos que correspondem às figuras?
• Os silogismos de estrutura e de processo da FE: (U-P-S)
• Estrutura:
Ø TODO (Geist)
Ø Figuras (momento mediador)
Ø Experiência (singular universal)
• Processo:
Ø TODO (Geist)
Ø Momentos lógivos
Ø Figuras (singular universal)
FINAL e anúncio dos próximos cursos, dos próximos dois semestres.
Anotações feitas pelo Prof. Dr. Rubens Godoy Sampaio - Verão de 2005.
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